A ciência e a tecnologia são duas actividades interligadas com o nosso quotidiano. A ciência está associada ao desejo humano de conhecimento, compreensão, explicação ou previsão de fenómenos naturais. A tecnologia decorre de outro desejo: o de encontrar formas eficazes de satisfazer as necessidades humanas, usando para isso conhecimentos, ferramentas, recursos naturais e energia.
O homem tem ampliado as técnicas de manipulação dos seres vivos, promovendo um desenvolvimento significativo nas mais variadas áreas, como medicina, indústria química, agricultura, etc.
O diagnóstico e a terapêutica baseados nos produtos da biotecnologia (anticorpos monoclonais, antigénios recombinantes) são fulcrais na identificação de agentes patogénicos de plantas e animais.
A biotecnologia possui conhecimento nas áreas de microbiologia, bioquímica, genética, engenharia, química, informática. Tendo como agentes biológicos os microrganismos, células e moléculas (enzimas, anticorpos, ADN, etc.), resultando em bens, como alimentos, bebidas, produtos químicos, energia, produtos farmacêuticos, pesticidas, etc. Contribui com serviços, como a purificação da água, tratamentos de resíduos, controle de poluição, recuperação de petróleo, etc.
Os anticorpos são a chave para o diagnóstico e terapêutica de muitas patologias responsáveis por epidemias e por doenças como o cancro. A biotecnologia é um meio de obter e produzir esses anticorpos.
Os anticorpos podem ser utilizados para reconhecer moléculas específicas com grande precisão e podem ser produzidos em laboratório através da injecção de antigénios em animais. Após a resposta imunitária efectuada pelos animais em contacto com o agente infeccioso, recolhem-se os anticorpos do seu plasma sanguíneo. Este processo tem como vantagem a obtenção de uma elevada quantidade de anticorpos. Contudo, nos animais e nos seres humanos, a resposta imunitária é, na maior parte das vezes, policlonal, isto é, desenvolvem-se diferentes populações de linfócitos B perante o mesmo agente patogénico. Este tipo de resposta torna-se menos eficiente porque não é canalizado o esforço para a produção do anticorpo mais apropriado, produzido por um único clone de linfócitos B - monoclonal. Na produção deste tipo de anticorpos, um animal é injectado com um antigénio e, passado algum tempo, é morto. Os linfócitos B são extraídos do baço do animal, incubados in vitro e é feita a fusão com células de mieloma, com o intuito de obter Hibridomas, que futuramente irão originar anticorpos monoclonais.
Fig.1 - Procedimento laboratorial para a produção de anticorpos monoclonais.
Wednesday, January 31
Wednesday, January 3
A Biotecnologia e a Brucelose

A Brucelose é uma doença que tanto afecta animais como humanos.
Nos Estados Unidos, nomeadamente no estado de Virginia, o professor de ciências biomédicas, Gerhardt Schurig criou uma vacina denominada Vacina RB51 que erradicou a brucelose do gado deste país.
Essa vacina foi depois melhorada por alguns dos seus alunos e agora protege não só da Brucelose mas também da tuberculose.
Depois disto os cientistas do Centro de Medicina Molecular e Doenças Infecciosas, usaram essa vacina como base para criar uma outra vacina para proteger os humanos tanto da brucelose como do antrax.
Essa vacina está ainda em fase de testes no instituto Walter Reed Army. Está a ser estudada em macacos antes de ser estudada em Humanos. Este grupo de cientistas está também a desenvolver vacinas com base na RB51 para combater o virus da febre de Rift Valley e muitos agentes utilizados no bioterrorismo.
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